O mal da carne de porco

Pesquisadores no Quênia estão tentando uma tática improvável para evitar a epilepsia: ensinar fazendeiros a amarrar seus porcos.

O objetivo é impedir que os animais espalhem um tipo de parasita intestinal que pode afetar o cérebro em humanos e que é uma grande causa de epilepsia em países pobres, especialmente na África, Ásia e América Latina, onde milhões de pessoas são infectadas.

As pessoas contraem o parasita, Taenia solium, a partir de carne de porco mal cozida, ou de alimentos ou bebidas contaminados por fezes de uma pessoa infectada. Comer a carne de porco contaminada faz com que parasitas (que podem ter mais de 1,80m de comprimento) cresçam no intestino delgado. Eles não causam os sintomas, mas seus ovos são transmitidos em fezes e infectam porcos que comem dejetos humanos. Se as pessoas ingerem os ovos, uma forma larval do parasita pode afetar o cérebro e causar convulsões.

Inspecionar carne de porco, tratar pessoas com parasitas intestinais e porcos pode eliminar os parasitas, mas essas soluções nem sempre estão disponíveis em países pobres. Em artigo publicado no "The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene", pesquisadores da Universidade de Nairóbi e Universidade de Guelph, no Canadá, descreveram um programa de educação no oeste do Quênia que ensinava fazendeiros sobre como a doença se espalha e os mostrava como identificar a carne infectada, cozinhá-la para destruir parasitas, reconhecer partes de parasitas em excrementos e amarrar ou confinar os porcos, a fim de mantê-los distante de dejetos humanos.

Se o programa funcionou? Questionários mostraram que os fazendeiros entenderam o que lhes foi ensinado e começaram a amarrar seus porcos com mais frequência. Porém, é cedo demais para dizer se os índices de epilepsia na região irão começar a baixar.

Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u723947.shtml
http://ja222.blogspot.com/2010/04/o-mal-da-carne-de-porco.html
http://agrandecontroversia.blogspot.com/2010/04/o-mal-da-carne-de-porco.html

NOTA: “Razões para Rejeitar o Alimento Cárneo

Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso!

A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Freqüentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados. O povo come continuamente carne cheia de germes de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas essas e outras doenças.

Pululam parasitas nos tecidos do porco. Deste disse Deus: ‘Imundo vos será; não comereis da carne destes e não tocareis no seu cadáver.’ Deut. 14:8. Esta ordem foi dada porque a carne do porco é imprópria para alimentação. Os porcos são limpadores públicos, e é esse o único emprego que lhes foi destinado. Nunca, sob nenhuma circunstância, devia sua carne ser ingerida por criaturas humanas. É impossível que a carne de qualquer criatura viva seja saudável, quando a imundícia é o seu elemento natural, e quando se alimenta de tudo quanto é detestável.”

(Ellen G. White, Ciência da Bom Viver, p. 313-314)